segunda-feira, 6 de agosto de 2007



Cada um tem seus rituais, suas manias. Eu tenho um ritual matutino desde que casei: saio da cama só quando o apito do microondas toca avisando que meu leite já está quente, isso quer dizer que todo o café já está servido, minhas torradinhas quentinhas, com e sem queijo, já estão no prato me esperando. Meu café da manhã é imprescindível para que meu dia seja bom. E, enquanto tomo meu café, assisto a mensagem de abertura do programa da Ana Maria Braga. Quase sempre é uma mensagem bonita, que adiciona alguma coisa no meu dia. Por isso, hoje vou dividir com vcs a mensagem de hoje.




Vivemos julgando as pessoas

Como expectadores da vida alheia, julgamos diariamente os gestos e atitudes do nosso próximo.Quem diz que nunca julga, não é honesto consigo mesmo. Quando fazemos um comentário, qualquer que seja, estamos julgando. Cada vez que exprimimos uma opinião pessoal sobre alguma coisa, fato ou alguém, estabelecemos um julgamento, justo ou injusto.
E quando somos nós o centro da platéia, pedimos clemência, tolerância, imploramos interiormente para que se coloquem no nosso lugar e tentem entender nossas ações ou reações. Colocar-se no lugar do outro para entendê-lo, seria entrar no seu coração e alma, sentir suas emoções, vestir sua pele. Impossível... Cada um de nós é único e mesmo aquelas pessoas que mais amamos não nos transferem suas dores tais e quais. Sentimos sim, quando sofrem, mas por nós, porque nossa própria alma se entristece.
Deveríamos, todos, possuir um espelho da alma, para que pudéssemos nos olhar interiormente antes de julgarmos outras pessoas. Sentiríamos, provavelmente, vergonha dos nossos pensamentos. Por que nosso próximo é tão exposto às imperfeições, falhas, pecados, más ou boas decisões, quanto nós. Se houvesse uma câmera capaz de revelar aos outros nossos pensamentos diários, iríamos estar sempre fugindo dela... Por quê? Porque ante a possibilidade de que seja revelado nosso eu, seríamos muito mais honestos conosco. Isso nos tornaria, talvez, mais tolerantes e mais humildes.
Quando alguém sofre porque está atravessando por um caminho pedregoso, dói nessa pessoa não somente a passagem por esse caminho, mas também o olhar dos outros, que condenam sem piedade, as línguas ferem mais profundamente que facas e punhais.
As pessoas se esquecem facilmente que tiveram um passado que, mesmo se correto, nunca foi um lago de água transparente, porque puras, só as criancinhas... E ninguém pode dizer o que virá amanhã, se houver amanhã.
Ninguém está ao abrigo das chuvas repentinas da vida, das torrentes que podem levar tudo, dos males que podem atingir o corpo e, às vezes, a mente. Apenas um minuto e tudo pode se transformar. Então... Melhor exercer a tolerância, a bondade, a compaixão, antes de julgarmos se outros estão certos ou errados, se têm ou não razão.
E quando a tentação for grande de olhar o que se passa com outros, bom mesmo é se lembrar do espelho que deveria retratar nossa imagem interior que pediria, certamente, compreensão.
E como não sabemos o que o amanhã nos reserva, vivamos o dia de hoje com sabedoria, coração amoroso para com o próximo e olhar voltado para o alto.

Texto de Letícia ThompsonSite: http://maisvoce.globo.com/www.leticiathompson.net Site do livro "De Coração para Corações"

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