quinta-feira, 22 de maio de 2008


Um poema filmado
Eu recomendei, cerca de um mês atrás, a trilha sonora de My Blueberry Nights, que é excelente. Agora vi o filme, que no Brasil ganhou o nome de Um beijo Roubado. É sobre o que, esse filme?


Sobre absolutamente nada, a não ser a vida, essa que passa pela nossa janela sem roteiro, sem diálogos geniais, simplesmente a vida que nos convida: vai ou fica?


Ela, a vida, essa que nos faz entrar em bares suspeitos, chorar de amor, espiar pelas frestas, pegar no sono em cima do balcão depois de beber demais. É noite escura e a gente sofre calado, deixa a conta pendurada, bebe de novo quando havia prometido parar, e morre - morre mesmo! - de ciúmes sem ter tido tempo de saber que éramos amados.


A vida e nossos vícios, nossas perdas, nossos encontros: quanto mais nos relacionamos com os outros, mais conhecemos a nós mesmos, e é uma boa surpresa descobrir que, afinal, gostamos de quem a gente é, e quando isso acontece fica mais fácil voltar ao nosso local de origem, onde tudo começou.


A vida e a espera por um telefonema, a vida e seus blefes, e nosso cansaço, e nossos sonhos, e a rotina e as trivialidades, e tudo aquilo que parecerá sem graça se ninguém colocar um pouco de poesia no olhar. A vida e suas pessoas belas, feias, fortes, fracas, normais. Todas atrás da chave: aquela que abrirá novas portas, velhas portas, a chave que nos fará ter o controle da situação - mas queremos mesmo ter o controle da situação? Não será responsabilidade demais? Deixar a chave nas mãos do destino é uma opção.


Os sinais fecham, os sinais abrem. Você segue adiante, você freia. A gente atravessa a rua e vai parar em outro mundo, basta dar os primeiros passos. Viaja para esquecer, viaja para descobrir, e alguém fica parado no mesmo lugar, aguardando (quando pequeno, sua mãe o ensinou que, ao se perder na multidão, não é bom ficar ziguezagueando, melhor manter-se parado no mesmo lugar, aí fica mais fácil ser encontrado). Muitos estão parados no mesmo lugar, torcendo para serem descobertos.


A vida como uma estrada sem rumo, a vida e seus sabores compartilhados, um beijo também é compartilhar um sabor.


Afinal, vou ou não vou falar sobre o filme? Contei-o de cabo a rabo. Vá com poesia no olhar.

terça-feira, 20 de maio de 2008

Meu perfil que mudei no orkut em 19/05/2008


*Sou amiga, meu melhor papel nesta vida!!! Tenho certeza de que vim ao mundo para ser amiga de alguém, de muitos, de quem quiser minha amizade. Quero "fazer falta" aos meus amigos, como eles sempre me fazem. Não quero abrir mão de nenhum amigo... isso dói!


*Sou filha, o papel que mais gosto: ser mimada, ser amada, ser cuidada, ser paparicada, ser motivo de orgulho para a pessoa que mais amo neste mundo, meu paizinho. Amo ser sua eterna filhinha preferida. Ele é meu tudo, não só me mostrou o caminho como tá sempre segurando minha mão nesta travessia (não larga nunca tá pai? não consigo imaginar minha vida sem vc! te amo mais do que tudo!)


*Sou irmã. Se existem almas gêmeas neste mundo somos nós. As gêmulas, as irmãs Holz, como quer que nos conheçam, somos sempre unidas no amor que temos uma pela outra. Minha irmã, tenho certeza de que não viemos parar neste tempo/espaço à toa, sei que vim para te encontrar, para seguir contigo nesta vida e nas outras que virão. Não posso crer que nada nos separe, nunca! Nosso nó tá bem atado. Nós duas juntas já somos uma multidão. Te amo com todo o meu amor. Continua cuidando de mim???


*Sou esposa. Papel que nunca sonhei em desempenhar, nunca achei que pudesse ser, que tivesse competência para tal. Mas cá estou eu, acreditando que casamento é bem mais do que o romantismo faz crer, que casamento é amor, companheirismo, amizade, paixão, cumplicidade e doação. Meu marido é uma benção na minha vida, assim como sou na dele. Nosso amor é tão forte, tão esclarecido, tão seguro, tão firme, que segura nossa relação há quinze anos. Nossa liberdade é o que nos une. Achei uma pessoa que "embarca" nas minha maluquices, nas minhas pirações, nas minhas "teorias" loucas. Uma pessoa que sempre me apoia, me incentiva, me ama, e às vezes só me ouve, só me dá o ombro pra chorar, só me dá o colo que preciso, só está ali... deixando eu sofrer das dores de ser eu.Amor, perdoa eu ser a péssima dona de casa que sou, mas nada pode ser perfeito...rsrsrsrs. E obrigada por cuidar de mim, dos nossos totós e do nosso lar. Desculpa minhas ausências, minha necessidade de estar sempre em movimento, quer dizer, na rua...rsrsrs.


*Sou festeira: já estive no fundo do poço, mas como digo: no fundo do meu poço Deus colocou uma mola. Aprendi a dar valor à vida. A viver cada dia como se fosse o último. Às vezes sou afoita, me esparramo toda, querendo tudo a todo tempo, querendo na real parar o tempo, pra dar tempo de curtir tudo... afobada. Minha vida é uma festa, todos os dias faço minha vida valer a pena. Todos os dias me pergunto se estou fazendo por onde toda a vida maravilhosa que tenho. Todo dia me pergunto se fiz o bem, se tirei um sorriso de alguém, se toquei alguém, se fiz alguém se sentir melhor e mais feliz.


*Sou apenas alguém que quer ser feliz... sem passar por cima de ninguém, sem querer nada de mais e tudo ao mesmo tempo, e acima de tudo alguém que quer poder ser EU MESMA, e viver da maneira que acredito me fazer feliz. Por que isso parece agredir às pessoas? Não tô entendendo... que preço alto que tenho que pagar para apenas SER FELIZ!E vou lutar até o fim pelo direito de me sentir VIVA. Já vivi no escuro, agora só quero luz, ser e estar na luz. Só risos... chega de tristeza. Quero respeito!Não pretendo ser o marco divisor de nada e de ninguém. Só quero poder amar e ser amada. Hj é a minha última chance de ser feliz agora.